Indústria brasileira de carrocerias de ônibus cresce 15,5% no primeiro trimestre de 2025

Setor retoma fôlego com avanço nas vendas internas, mas exportações registram queda de 15,2%

A indústria brasileira de carrocerias de ônibus iniciou 2025 com resultados positivos. De acordo com dados divulgados pela Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus), a produção total no primeiro trimestre alcançou 5.510 unidades — um avanço de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram fabricadas 4.769 carrocerias.

O desempenho de março contribuiu de forma decisiva para esse crescimento. Somente neste mês, foram produzidas 2.140 unidades, o que representa um salto de 22,7% frente a março de 2024 e um incremento de 13,5% em comparação com fevereiro deste ano.

O crescimento foi puxado principalmente pela alta na produção de veículos urbanos e rodoviários. As fabricantes produziram 2.407 carrocerias urbanas (alta de 5,5%), 1.665 rodoviárias (crescimento de 10,7%) e 1.438 micro-ônibus no trimestre.

Liderança de mercado

A Caio Induscar segue na liderança do mercado brasileiro de carrocerias, com 1.869 unidades produzidas entre janeiro e março e participação de 33,9%. A Marcopolo aparece na sequência, com 1.525 unidades e 27,7% de market share. Considerando também a produção da Neobus, marca controlada pela Marcopolo, o grupo de Caxias do Sul alcança 2.063 unidades, representando 37,4% do mercado.

Completam o ranking:

Comil Ônibus S.A. | Veículos - Svelto

Vendas internas em alta

O principal motor desse crescimento foi o mercado interno. Das 5.510 carrocerias produzidas no trimestre, 4.913 foram destinadas ao mercado brasileiro, indicando uma forte retomada na demanda nacional.

O país recebeu 5.717 ônibus completos no período, o que corresponde a um aumento de 20,9% frente às 4.065 unidades comercializadas no mesmo intervalo de 2024.

A Caio Induscar lidera também nas entregas internas, com 1.854 veículos fornecidos. Na sequência aparecem:

Exportações em baixa

Apesar do bom desempenho no mercado doméstico, as exportações sofreram retração. No acumulado do trimestre, 597 carrocerias foram enviadas para o exterior, o que representa uma queda de 15,2% em comparação com as 704 unidades exportadas no mesmo período de 2024.

A maior parte dos embarques foi de carrocerias rodoviárias (527 unidades), seguidas por 41 micro-ônibus e 29 urbanas.

A Marcopolo liderou as exportações, com 341 unidades, seguida pela Irizar (143), Comil (59), Carbuss (Busscar) (36), Caio (15), Volare (14) e Mascarello (3).

Perspectivas

O avanço consistente nas entregas internas sinaliza uma recuperação gradual do setor, especialmente impulsionada por renovações de frota urbana e programas estaduais e municipais de mobilidade. Ainda assim, o cenário internacional permanece desafiador, impactado por custos logísticos e instabilidade cambial.

Com o ritmo atual, a indústria de carrocerias projeta fechar o primeiro semestre com saldo positivo, mantendo o foco na diversificação de mercados e inovação tecnológica.


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