Sistema RIO: Prefeitura lança nova Rede Integrada de Ônibus com identidade visual unificada, nova frota e maior integração

Imagens ilustrativas – Divulgação Modelize

A Prefeitura do Rio apresentou oficialmente o Sistema RIO – Rede Integrada de Ônibus, que promete reformular completamente o transporte público da cidade até 2028. A proposta prevê nova identidade visual, ampliação da frota, reorganização das linhas e um novo modelo de gestão operacional, que substitui o consórcio atual por uma estrutura com maior controle público e metas de desempenho claras.

Implantação em fases até 2028

A implantação do Sistema RIO será dividida em etapas. A primeira região a receber o novo modelo será a Zona Oeste, começando por Campo Grande e Santa Cruz, com previsão de início da operação até dezembro de 2026. As demais áreas serão implementadas gradualmente até agosto de 2028, conforme o cronograma oficial apresentado pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR).

Aumento da frota e padronização

A frota de ônibus será totalmente renovada, com aumento superior a 100% nas regiões inicialmente atendidas. Em Campo Grande, o número de linhas interbairros subirá de 95 para 112, e as linhas locais passarão de 37 para 75. Já em Santa Cruz, a frota aumentará de 67 para 103 linhas.

Todos os veículos convencionais serão equipados com motor Euro VI, ar-condicionado, piso baixo, três portas, espaço para cadeirantes, além de itens tecnológicos obrigatórios como:

• Câmeras de monitoramento com botão de pânico;
• Rastreamento em tempo real por GPS;
• Painéis com informação dinâmica de itinerário;
• Sensores de fadiga, alerta de faixa e colisão;
• Telemetria;
• Sistema de cobrança totalmente eletrônico, passando a não aceitar mais dinheiro;
• Entradas USB para carregamento de celular.

Nova identidade visual e comunicação pública

Uma das mudanças mais visíveis do Sistema RIO será a padronização da identidade visual dos ônibus. O novo design abandona as cores e marcas das operadoras e adota uma pintura predominantemente amarela, com faixas coloridas que indicam a região de atuação das linhas.

A medida visa facilitar a identificação pelos passageiros, melhorar a comunicação institucional e fortalecer a imagem pública do transporte carioca, centralizada agora na marca “Sistema RIO”.

Novo modelo de gestão e remuneração

A gestão do novo sistema deixará de ser controlada pelos consórcios operacionais atuais. Em seu lugar, a Prefeitura implantará uma estrutura de lotes operacionais geridos por licitação pública, com empresas ou consórcios que atenderão às metas técnicas, operacionais e de qualidade estabelecidas pela SMTR.

A remuneração será feita por quilômetro rodado, com avaliação periódica por meio do Índice de Qualidade do Transporte (IQT). Contratadas que atingirem desempenho abaixo de 0,8 no índice poderão perder a exclusividade da operação em suas áreas, permitindo a entrada de outras empresas por meio de editais emergenciais.

O novo modelo também prevê maior transparência financeira, com a criação de um fundo de reserva a partir dos recursos da bilhetagem eletrônica.

Integração com outros modais e regiões metropolitanas

O Sistema RIO foi pensado para integrar os ônibus municipais a outros modais como BRT, VLT, metrô e trem, visando facilitar o deslocamento completo dos passageiros. A Prefeitura também pretende garantir sinergia com a Região Metropolitana, onde há grande volume de deslocamentos intermunicipais.

Além disso, a cidade será dividida em 9 áreas operacionais e 34 lotes de concessão, facilitando o gerenciamento regionalizado e permitindo a entrada de novos operadores — inclusive cooperativas — com estrutura adequada.

Consulta pública e próximos passos

O projeto está em consulta pública até o dia 21 de agosto de 2025, com documentos disponíveis no site da Prefeitura. A licitação da primeira fase está prevista para ainda em 2025, com assinatura dos primeiros contratos em 2026. A expectativa é que até o fim de 2028 toda a cidade esteja operando sob o novo modelo.

A reestruturação tem como base o acordo judicial firmado em 2022 entre a Prefeitura e os operadores de transporte, que determinou a necessidade de um redesenho completo do sistema.

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