
Faleceu nesta quinta-feira, 31 de julho de 2025, aos 79 anos, o empresário Fábio Eustáquio Silveira, fundador da VIPE – Viação Padre Eustáquio e uma das figuras mais respeitadas no setor de transportes da Região do ABC Paulista. Fábio partiu por causas naturais, deixando como legado uma trajetória marcada por trabalho, fé e dedicação à família e à mobilidade urbana.
Natural de Belo Horizonte, onde nasceu em 1946, Fábio iniciou sua história com os transportes ainda na adolescência. Aos 14 anos, já ajudava os irmãos feirantes, atuando no volante com o entusiasmo que o acompanharia por toda a vida. Aos 21 anos, em 1967, deu seu primeiro passo como empresário ao lado dos irmãos, adquirindo um velho ônibus financiado em 48 parcelas, que passou a operar em uma linha municipal da Prefeitura de Belo Horizonte.
No entanto, foi em 1984, já com vasta experiência e a convicção de que tinha “os transportes nas veias”, como costumava dizer, que Fábio Eustáquio encontrou em São Caetano do Sul (SP) o espaço para consolidar sua visão empreendedora. Naquele ano, adquiriu três empresas locais — Viação Santa Paula, Viação Safira e Viação Tucuruvi — e, em outubro, passou a operar também as linhas da Benfica no município.




Com forte religiosidade e espírito empreendedor, fundou então a empresa que marcaria seu nome na história do transporte público de São Caetano: a Sulsancaetanense de VIPE – Viação Padre Eustáquio, que completou 40 anos de atuação em dezembro de 2024. O nome foi uma homenagem ao santo de sua devoção, unindo fé e propósito em um projeto que se tornou símbolo de referência e compromisso com a mobilidade urbana na região.


Fábio Eustáquio deixa esposa, três filhos e oito netos, que hoje herdam não apenas um legado empresarial, mas sobretudo o exemplo de um homem que sempre prezou pela ética, esforço e cuidado com as pessoas. A memória de Fábio segue viva no carinho dos que conviveram com ele — familiares, amigos, colaboradores e passageiros — e também nos caminhos que ajudou a construir com coragem e perseverança.
Aos que tiveram a honra de conhecê-lo, fica a lembrança de um homem simples, visionário e profundamente humano, cuja presença continuará sendo sentida por muito tempo nas ruas de São Caetano e na história do transporte coletivo brasileiro.

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