
O Museu do Transporte ampliou seu acervo histórico com a chegada de dois ônibus do modelo Ciferal Padron Rio, equipados com chassis Volvo B58 e fabricação em 1993. Os veículos foram doados pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e agora passam a integrar o projeto de preservação histórica da instituição.
Produzida entre 1991 e 1994, a carroceria Padron Rio marcou uma geração do transporte coletivo urbano brasileiro nos anos 1990. Reconhecida pela versatilidade e robustez, a linha foi amplamente utilizada em grandes e médias cidades, com diferentes configurações de chassis. Os exemplares doados pela UFJF foram fabricados na versão de uma única porta, voltada exclusivamente para o transporte interno dentro do campus universitário.
Mesmo após quase duas décadas de operação, os ônibus chamam atenção pelo excelente estado de conservação e baixa quilometragem, o que os torna peças raras de preservação.
A doação da UFJF representa um marco na história do Museu do Transporte, sendo a primeira contribuição oficial proveniente de uma instituição pública. Caso fossem encaminhados a leilão, os veículos poderiam ter sido destinados ao desmonte, o que reforça a importância da iniciativa e do esforço conjunto pela preservação da memória do transporte coletivo nacional.


Para viabilizar o deslocamento dos ônibus até o acervo, o museu contou com o patrocínio da Líder Baterias e da BRT Sorocaba, responsáveis pela reposição das baterias ausentes. A ação também teve apoio da Garden’s Soluções e do Portal Notícias do Transporte.
Os veículos permanecerão abrigados nas dependências da Viação Talismã, em Rio Grande da Serra, no ABC Paulista, empresa apoiadora do projeto e parceira na preservação de veículos históricos.
Além dessa importante aquisição, o Museu do Transporte deu início, em outubro, a uma nova fase de restauração do ônibus elétrico híbrido Marcopolo Torino GV, com patrocínio da Eletra. A modelagem 3D da carroceria será desenvolvida pela Modelize, referência em design e modelagem com realismo e eficiência.
O projeto inclui ainda a recuperação de componentes e funilaria traseira, reparo dos para-choques e remoção da adesivação antiga — ações que reforçam o compromisso da instituição em manter viva a história e a evolução tecnológica do transporte público brasileiro.
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