
Um dos veículos incorporados à frota recentemente
A Prefeitura de Ibiúna, localizada na região metropolitana de Sorocaba, apresentou nesta quarta-feira (26) uma “nova” frota de ônibus para o transporte municipal. No entanto, a aquisição chamou atenção por um detalhe curioso: os veículos, que a administração municipal classifica como modernos e seguros, foram fabricados entre 2009 e 2011 pela Caio Induscar. Isso significa que possuem entre 14 e 16 anos de uso.
A frota, embora conte com recursos de acessibilidade, operou a maior parte de sua vida útil no transporte intermunicipal sob a gestão da EMTU, atualmente ARTESP. Os ônibus pertencem à Viação Raposo Tavares, empresa tradicional na região de Cotia, com atuação no transporte intermunicipal, suburbano e também municipal de Cotia e Ibiúna.
A substituição levanta questionamentos. A frota anterior, fabricada em 2007, tinha 18 anos de uso, o que significa que a “renovação” representa apenas uma redução de dois a quatro anos na idade dos veículos.
Em um vídeo divulgado pela própria prefeitura, é reforçado que a nova frota representa uma melhoria significativa, garantindo segurança e conforto aos passageiros. Vale ressaltar também que a tarifa da cidade é de R$ 5,90. Confira:
Diante dessa situação, surgem várias perguntas: é possível classificar como renovação uma frota que já ultrapassou uma década e meia de uso? Qual o critério adotado pela prefeitura para considerar esses veículos como “modernos”? Qual o impacto real para a população?
Procuramos a Prefeitura de Ibiúna e a Viação Raposo Tavares para esclarecimentos sobre os critérios utilizados na seleção desses ônibus e o real motivo da troca. Até o momento, não obtivemos resposta. Atualizaremos a matéria assim que houver um posicionamento oficial.
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